O
crime eleitoral mais praticado no Brasil, principalmente nos pequenos
municípios nos quais os eleitores tem baixo nível de consciência política, é a
compra de votos. E muitos são os políticos que o cometem ao distribuir
abertamente dinheiro com os eleitores, sem falar na oferta de material de
construção, de bujões de gás, de remédios entre as famílias carentes das
periferias, gasolina em carros e motos, aluguel de carros... De um lado, a
oferta de donativos e a entrega de dinheiro sem nenhum receio da lei, tornou-se
uma arma para os políticos profissionais; do outro, o recebimento de tais
ofertas por parte dos eleitores, tonou-se vício (ou um alento) por parte das
famílias necessitadas, que fica contando os anos, os meses e os dias até chegar
época das eleições para obterem tais benefícios, não sabendo estes, que ao
receber esse tipo de ajuda, cometem crime tal como o pratica os políticos que
compram os seus votos. O delito eleitoral de compra de votos é o muito fácil de
ser flagrado, basta que as autoridades, através do Ministério Público e da
Justiça Eleitoral, determinem-se efetivamente a fiscalizar adotando medidas
judiciais punitivas cabíveis para coibir eficazmente o uso indevido do poder
econômico por candidatos. Ademais, as autoridades citadas, podem ter uma ajuda
valiosa, qual seja da sociedade civil e dos cidadãos conscientes que podem
denunciar e apontar mediante provas os candidatos a qualquer cargo eletivo que
usam dessa prática criminosa para eleger-se. Esses políticos, quase sempre,
tendem mais adiante, se eleitos, retirar o que gastou do erário público,
prejudicando assim, a realização de obras e de ações sociais para beneficiar a
população em geral tão carente de uma vida digna por falta de boa educação, de
bom atendimento na área de saúde e de uma confiável segurança pública. Se
chegar o tempo dos criminosos eleitorais serem efetivamente condenados a pagar
por seus delitos eleitorais, esse tipo de prática ilegal vai diminuir
significativamente. E quando isso acontecer, somente pessoas honestas e
honradas serão conduzidas ao poder e aos cargos legislativos. Quem sabe já
nessas eleições de 2012 os órgãos com competência e com responsabilidade para
realizar essa fiscalização, comecem efetivamente a fazê-la, a fim de evitar que
o poder econômico continue sendo decisivo no resultado das eleições pelo país
afora, inclusive em Tutóia. Texto adaptado por Fernando Merequeta para a
realidade de Tutóia.
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